9 de fevereiro de 2011

O amor pela expressão

Um papel em branco espera por mim. Cada rabisco vem representar um anseio reprimido. Tão tímido, o pobre... revela-se apenas em grafite.
Me recuso... insistente ele me chama. Vou socorrer! Não posso abandonar o amigo mais fiel. Expressa-te, desejo! Diga a que veio! A borracha está aqui para ampará-lo caso demonstre além.
Lá vêm elas. Escolho uma. Sorrateira, de mãos dadas com a próxima. Elas têm vida própria! Quando me dou conta, instalaram-se todas diante dos meu olhos. Formando um pensamento que é só meu. E elas combinam-se tão bem. Por vezes tristes ou saudosas - a culpa é minha! Apenas representam o meu papel... no papel que eu escrevi. Palavras...
Textos de entrada e desenhos de sobremesa. Um verdadeiro banquete aos paladares gráficos! Entre romances e tragédias me vêm a mente meia dúzia de traços!
Que, um dia, todas as minhas palavras tontas agradem teus ouvidos exigentes... e cada rabisco atinja teus olhos como boas lentes a olhos cansados. A expressão, como forma de arte, é dependente de intérpretes... nem sempre atentos.

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